(Contribuição:
Susana Weber)
Diversas pesquisas mostram que o número de profissionais que trabalham em home-office (escritório em casa) está aumentando, e o novo cenário é muito bem aceito pelo mercado de trabalho. De acordo com um estudo que contou com a participação da Microsoft, há cada vez mais pessoas trabalhando em regime de home-office, poupando as empresas dos custos de manutenção de um lugar fixo de trabalho.
Segundo a revista especializada Computer
Weekly, o estudo realizado por acadêmicos do setor público britânico e o Institute
of Directors (organização britânica que luta pelos interesses dos diretores
de empresas), poderá ter um impacto
profundo na organização das empresas. O objetivo cada vez mais será dar
liberdade de movimentos aos diretores
das empresas e aos seus funcionários. As empresas usarão a tecnologia para se
desembaraçarem dos seus escritórios fixos e possibilitarem às suas equipes
trabalharem onde quiserem. O estudo prevê também que será comum profissionais
de empresas diferentes trabalharem no mesmo local, pois ao mesmo tempo em que
compartilham o espaço físico, podem ganhar com a troca de ideias e benchmark
com pessoas de outros ramos de atividade, sendo este um benefício a toda a
organização.
Seja para
fugir dos estressantes engarrafamentos urbanos, pela flexibilidade ou pelo
conforto, cada vez mais profissionais
preferem trabalhar em regime de home-office (em casa ou em outro local
que não a sede do empregador). Outra pesquisa, realizada nos Estados Unidos,
confirmou que comparando-se com a década passada o dobro de profissionais
americanos está trabalhando dessa forma. As áreas de coleta, seguros,
publicidade, advocacia e desenvolvimento de softwares são as que mais
aumentaram em número de trabalhadores remotos na última década.
Uma
reportagem da CBN, em março deste ano, mostrou que existem mais de 20 milhões de
profissionais que trabalham em regime de home-office no Brasil, também chamados de teleworkers
(trabalhadores à distância). Este número é o dobro do divulgado na mesma
semana, pelo Jornal da Globo, que exibiu uma série de reportagens sobre as
mudanças que a tecnologia trouxe para o mercado de trabalho, inclusive o
trabalho à distância. Segundo o jornal, dez milhões de brasileiros trabalham à
distância, pelo menos uma vez por semana, em comparação com 173 milhões de teleworkers
no mundo todo. É muita gente, não é mesmo?
Muitos
acreditam que o perigo de trabalhar em casa é o profissional se distrair
facilmente pela falta de cobrança imediata e não apresentar a mínima
produtividade esperada. Mas para os verdadeiros “teleworkers” –
profissionais experientes, conscientes e autodisciplinados -, ocorre exatamente
o contrário. Eles afirmam ter aumentado a produtividade exatamente pela
ausência de cobranças de alguns chefes arrogantes, das disputas pessoais e
fofocas entre colegas, da possibilidade de se concentrar sem as distrações de
um escritório, dos eventuais assédios morais de chefes e da adequação das
tarefas, graças à possibilidade de mudar a programação do trabalho, para
acomodar as demandas conforme elas ocorrem e usufruir de maior qualidade de
vida pessoal e no trabalho.
Já no
século passado, o genial físico, matemático e professor Albert Einstein,
preferia trabalhar em regime de home-office. Segundo uma pesquisa
realizada pela Regus, empresa especializada em fornecimento de espaço
para trabalho flexível, é exatamente isso o que se verifica na prática, os
profissionais remotos são mais produtivos e eficientes do que os de escritório.
As
estatísticas apontam que 46% dos profissionais brasileiros levam trabalho para
terminar em casa mais de três vezes por semana. Os profissionais remotos
brasileiros são os que fazem trabalhos extras com mais frequência, sendo 59%
contra 22% dos funcionários de escritório. O diretor geral da Regus, no
Brasil, Guilherme Ribeiro, afirmou que os profissionais remotos são, de fato,
mais capacitados e mais produtivos. “As empresas que possibilitam aos seus
funcionários trabalharem mais perto de casa e administrarem seu tempo com mais
independência, conseguirão uma
diminuição do estresse e até dos custos empresariais. Com isso, ganharão uma
equipe mais produtiva, comprometida e saudável”, afirma Ribeiro.
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