quarta-feira, 25 de novembro de 2020

EQUILÍBRIO

A vontade desequilibrada desregula o foco de nossas 
possibilidades criadoras. Daí procede a necessidade de regras 
morais para quem, de fato, se interesse pelas aquisições eternas 
nos domínios do Espírito. Renúncia, abnegação, continência 
sexual e disciplina emotiva não representam meros preceitos de 
feição religiosa. São providências de teor científico, para enriquecimento efetivo da personalidade. Nunca fugiremos à lei, cujos 
artigos e parágrafos do Supremo Legislador abrangem o Universo. 
Ninguém enganará a Natureza. Centros vitais desequilibrados 
obrigarão a alma à permanência nas situações de desequilíbrio. 
Não adianta alcançar a morte física, exibindo gestos e palavras 
convencionais, se o homem não cogitou do burilamento próprio. 
A Justiça que rege a Vida Eterna jamais se inclinou. É certo que 
os sentimentos profundos do extremo instante do Espírito encarnado cooperam decisivamente nas atividades de regeneração além 
do túmulo, mas não representam a realização precisa. 
O homem vive esquecido de que Jesus ensinou a virtude como 
esporte da alma, e nem sempre se recorda de que, no problema do 
aprimoramento interior, não se trata de retificar a sombra da 
substância e sim a substância em si mesma.

Obra: Missionários da Luz - Chico Xavier/André Luiz

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