quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

DIAS DIFÍCEIS

Há dias que parecem não ter sido feitos para ti.
Amontoam-se tantas dificuldades, inúmeras frustrações e incontáveis
aborrecimentos, que chegas a pensar que conduzes o globo do mundo sobre os
ombros dilacerados.


Desde cedo, ao te ergueres do leito, pela manhã, encontras a indisposição
moral do companheiro ou da companheira, que te arremessa todos os espinhos
que o mau humor conseguiu acumular ao longo da noite.
Sentes o travo do fel despejado em tua alma, mas crês que tudo se modificará nos momentos seguintes.


Sais à rua, para atender a esse ou àquele compromisso cotidiano, e te
defrontas com a agrestia de muitos que manejam veículos nas vias públicas e
que os convertem em armas contra os outros; constatas o azedume do
funcionário ou do balconista que te atende mal, ou vês o cinismo de
negociantes que anseiam por te entregar produtos de má qualidade a preços
exorbitantes, supondo-te imbecil. Mesmo assim, admites que, logo, tudo se
alterará, melhorando as situações em torno.


Encontras-te com familiares ou pessoas amigas que te derramam sobre a mente
todo o quadro dos problemas e tragédias que vivenciam, numa enxurrada de
tormentos, perturbando a tua harmonia ainda frágil, embora não te permitam
desabafar as tuas angústias, teus dramas ou tuas mágoas represadas na alma.
Em tais circunstâncias, pensas que deves aguardar que essas pessoas se
resolvam com a vida até um novo encontro.


São esses os dias em que as palavras que dizes recebem negativa
interpretação, o carinho que ofereces é mal visto, tua simpatia parece mero
interesse, tuas reservas são vistas como soberba ou má vontade. Se falas, ou
se calas, desagradas.


Em dias assim, ainda quando te esforces por entender tudo e a todos, sofres
muito e a costumeira tendência, nessas ocasiões, é a da vitimação
automática, quando se passa a desenvolver sentimentos de autopiedade.
No entanto, esses dias infelizes pedem-nos vigilância e prece fervorosa,
para que não nos percamos nesses cipoais de pensamentos, de sentimentos e de
atitudes perturbadores.


São dias de avaliação, de testes impostos pelas regentes leis da vida
terrena, desejosas de que te observes e verifiques tuas ações e reações à
frente das mais diversas situações da existência.


Quando perceberes que muita coisa à tua volta passa a emitir um som
desarmônico aos teus ouvidos; se notares que escolhendo direito ou esquerdo
não escapas da ácida crítica, o teu dever será o de te ajustares ao bom
senso. Instruí-te com as situações e acumula o aprendizado das horas,
passando a observar bem melhor as circunstâncias que te cercam, para que
melhor entendas, para que, enfim, evoluas.

Não te olvides de que ouvimos a voz do MESTRE NAZARENO, há distanciados dois
milênios, a dizer-nos: No mundo só tereis aflições...

Conhecedores dessa realidade, abrindo a alma para compreende que a cada dia
basta o seu mal..., tratarás de te recompor, caso tenhas te deixado ferir
por tantos petardos, quando o ideal teria sido agir como o bambuzal diante
da ventania. Curvar-se, deixar passar o vendaval, a fim de te reergueres com
tranquilidade, passando o momento difícil.


Há de fato, dias difíceis, duros, caracterizando o teu estádio de provações
indispensáveis ao teu processo de evolução. A ti, porém, caberá erguer a
fronte buscando o rumo das estrelas formosas, que ao longe brilham, e
agradecer a DEUS por poderes afrontar tantos e difíceis desafios,
mantendo-te firme, mesmo assim.


Nos dias difíceis da tua existências, procura não te entregares ao
pessimismo, nem ao lodo do derrotismo, evitando alimentar todo e qualquer
sentimento de culpa, que te inspirariam o abandono dos teus compromissos, o que seria teu gesto mais infeliz.


Põe-te de pé, perante quaisquer obstáculos, e sê fiel aos teus labores, aos
deveres de aprender, servir e crescer, que te trouxeram novamente ao mundo terrestre.


Se lograres a superação suspirada, nesses dias sombrios para ti, terás
vencido mais um embate no rol dos muitos combates que compõem a pauta da guerra em que a terra se encontra engolfada.
Confia na ação e no poder da luz, que o CRISTO representa, e segue com
entusiasmo para a conquista de ti mesmo, guardando-te em equilíbrio, seja
qual for ou como for cada um dos teus dias.

Mensagem Psicografada em 30.12.2002 - Raul Teixeira / Camilo

segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

JESUS E DIFICULDADE

“... Não se vos turbe o coração...”. JESUS (JOÃO, 14:27) 


Jesus nunca prometeu aos discípulos qualquer isenção de dificuldades, mas com frequência reclamava-lhes o coração para a confiança. 

No cenáculo, descerrando, afetuoso, o coração para os aprendizes, dentre muitas palavras de esperança e de amor, asseverou com firmeza: - “Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”. 

Pacificava o ânimo dos companheiros timoratos, entre quatro paredes, sabendo que, em derredor, se agigantava a trama das sombras. 

Lá fora, Judas era atraído aos conchavos da deserção; sacerdotes confabulavam com escribas e fariseus sobre o melhor processo de enganarem o povo, para que o povo pedisse a morte d’Ele; agentes do Sinédrio penetravam pequenos agrupamentos de rua açulando contra Ele as forças da opinião; perseguidores desencarnados excitavam o cérebro dos guardas que o deteriam no cárcere, e, quantos Lhe seguiam a atividade, regurgitando ódio gratuito, prelibavam-Lhe o suplício... 

Jesus, percuciente, não desconhecia a conspiração das trevas... 

Entretanto, lúcido e calmo, findo o entendimento com os irmãos de apostolado, dirige-se à oração no jardim, para, além da oração, confiar-se aos testemunhos supremos... 

Não procures, assim fugir à luta que te afere o valor. 
Aceita os desafios da senda, como quem se reconhece chamado a batalhar pela vitória do bem, com a obrigação permanente de extinguir o mal em nós mesmos. 
E não apeles para o Senhor como advogado da fuga calculada ao dever. 

Lembra o Mestre que a ninguém prometeu avenidas de sonho e horizontes azuis na Terra, mas, sim, convicto de que a tempestade das contradições humanas não poupariam nem a Ele próprio, advertiu-nos, sensatamente: 
- “Não se vos turbe o coração”. 

Obra: Palavras de Vida Eterna - Chico Xavier/Emmanuel

sábado, 26 de dezembro de 2020

A VIDA FUTURA

Por essas palavras, Jesus claramente se refere à vida futura, que ele apresenta, em todas as circunstâncias, como a meta a que a Humanidade irá ter e como devendo constituir objeto das maiores preocupações do homem na Terra. Todas as suas máximas se reportam a esse grande principio. Com efeito, sem a vida futura, nenhuma razão de ser teria a maior parte dos seus preceitos morais, donde vem que os que não creem na vida futura, imaginando que ele apenas falava na vida presente, não os compreendem, ou os consideram pueris.
Esse dogma pode, portanto, ser tido como o eixo do ensino do Cristo, pelo que foi colocado num dos primeiros lugares à frente desta obra. E que ele tem de ser o ponto de mira de todos os homens; só ele justifica as anomalias da vida terrena e se mostra de acordo com a justiça de Deus. 


Apenas ideias muito imprecisas tinham os judeus acerca da vida futura. Acreditavam nos anjos, considerando-os seres privilegiados da Criação; não sabiam, porém, que os homens podem um dia tomar-se anjos e partilhar da felicidade destes. Segundo eles, a observância das leis de Deus era recompensada com os bens terrenos, com a supremacia da nação a que pertenciam, com vitórias sobre os seus inimigos. As calamidades públicas e as derrotas eram o castigo da desobediência àquelas leis. Moisés não pudera dizer mais do que isso a um povo pastor e ignorante, que precisava ser tocado, antes de tudo, pelas coisas deste mundo. Mais tarde, Jesus lhe revelou que há outro mundo, onde a justiça de Deus segue o seu curso. E esse o mundo que ele promete aos que cumprem os mandamentos de Deus e onde os bons acharão sua recompensa. Aí o seu reino; lá é que ele se encontra na sua glória e para onde voltaria quando deixasse a Terra.
Jesus, porém, conformando seu ensino com o estado dos homens de sua época, não julgou conveniente dar-lhes luz completa, percebendo que eles ficariam deslumbrados, visto que não a compreenderiam. Limitou-se a, de certo modo, apresentar a vida futura apenas como um principio, como uma lei da Natureza a cuja ação ninguém pode fugir. Todo cristão, pois, necessariamente crê na vida futura; mas, a ideia que muitos fazem dela é ainda vaga, incompleta e, por isso mesmo, falsa em diversos pontos. Para grande número de pessoas, não há, a tal respeito, mais do que uma crença, balda de certeza absoluta, donde as dúvidas e mesmo a incredulidade. 


O Espiritismo veio completar, nesse ponto, como em vários outros, o ensino do Cristo, fazendo-o quando os homens já se mostram maduros bastante para apreender a verdade. Com o Espiritismo, a vida futura deixa de ser simples artigo de fé, mera hipótese; torna-se uma realidade material, que os fatos demonstram, porquanto são testemunhas oculares os que a descrevem nas suas fases todas e em todas as suas peripécias, e de tal sorte que, além de impossibilitarem qualquer dúvida a esse propósito, facultam à mais vulgar inteligência a possibilidade de imaginá-la sob seu verdadeiro aspecto, como toda gente imagina um país cuja pormenorizada descrição leia. Ora, a descrição da vida futura é tão circunstanciadamente feita, são tão racionais as condições, ditosas ou infortunadas, da existência dos que lá se encontram, quais eles próprios pintam, que cada um, aqui, a seu mau grado, reconhece e declara a si mesmo que não pode ser de outra forma, porquanto, assim sendo, patente fica a verdadeira justiça de Deus.

O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo II
 

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

RESPOSTAS

As respostas às indagações formuladas pelos visitantes de Chico Xavier foram dadas por André Luiz que, por sinal, revestiu de novas palavras e nova forma de expressão os ensinos espíritas sobre a finalidade da vida humana na Terra. Os Espíritos do Senhor são bons professores e não se cansam de repetir as lições para os alunos desatentos, revestindo-as das mais diferentes roupagens a fim de atingirem a compreensão de todos. O Educandário da Terra é orientado pela Pedagogia do Céu, cujo método fundamental é o amor.

Fredrich Myers, o famoso psicólogo inglês, em seus estudos sobre a personalidade humana, verificou que a nossa consciência se divide em duas partes essenciais: a supraliminar e a subliminar. Encontrou isso nos seus estudos espíritas, confirmados por suas pesquisas hipnóticas. A consciência supraliminar é a que utilizamos no mundo, adaptada às exigências da vida material. A consciência subliminar é a que se destina ao mundo espiritual, onde teremos de viver depois da morte.


Podemos figurar a consciência como uma esfera cortada ao meio, uma laranja partida em duas metades. Esse corte é o limiar. A metade que fica acima dele é a que Myers chamou de supraliminar; a que fica abaixo é a subliminar. A parte de cima está cheia de indagações sobre a vida e a morte. A parte de baixo encerra todas as respostas. Porque a vida no mundo é um aprendizado e para aprender temos de enfrentar muitos problemas e procurar resolvê-los. Na consciência subliminar – a parte de baixo, – armazenamos o aprendizado feito em várias encarnações. Mas esse aprendizado não está completo e é por isso que voltamos ao Educandário Terreno. Quando uma prova difícil desafia a consciência supraliminar, a consciência de baixo, a subliminar, a socorre com os recursos provenientes das experiências anteriores.


Mas a consciência subliminar – a de baixo, – é a que está em ligação com o mundo espiritual, adaptada a ele e não ao mundo terreno. Por isso, a Parapsicologia hoje nos mostra que a percepção extra-sensorial provém do inconsciente. E é por intermédio dessa consciência interna e profunda que os Espíritos nos socorrem com suas intuições. Meditando sobre isso, compreenderemos melhor a lição de André Luiz: “A Terra é um educandário em cujas lições somos todos alunos e examinadores uns dos outros”.

Obra: Astronautas do Além - Chico Xavier / J. Herculano Pires
 

sábado, 19 de dezembro de 2020

EM NÓS...

"Sobre a Terra, tudo é ilusão, tudo passa, tudo se transforma de um instante para o outro.
O que conta é o que guardamos dentro de nós; tudo mais há de ficar com o córpo, que se
desfará em pó... Não vale a pena tanta luta por nada ! Precisamos crescer interiormente,
adquirir valores que sejam eternos... Uma simples célula cancerígena que nos apareça no
corpo joga tudo no chão. Vamos partir para o Além com os tesouros da alma. Como é que
haveremos de nos apresentar aos que nos endossaram a reencarnação, de mãos vazias?!...
Precisamos ser alegres, ter confiança em Deus, amar os nossos semelhantes. No momento
da morte, nada nos valerá tanto quanto a consciência tranquila!"
 
 
Obra: O Evangelho de Chico Xavier - Carlos A. Baccelli

quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

PRESSENTIMENTOS


Acontecendo que os pressentimentos e a voz do instinto são sempre algum
tanto vagos, que devemos fazer, na incerteza em que ficamos?

"Quando te achares na incerteza, invoca o teu bom Espírito, ou ora a Deus,
soberano senhor de todos, e Ele te enviará um de seus mensageiros, um de
nós."

Livro dos Espíritos - Pergunta 523

terça-feira, 15 de dezembro de 2020

UMA MENSAGEM

Agradeço e peço licença para algumas palavras aos irmãos que tão fraternalmente me recebem.
Irmãos, a cultura espiritual, o estudo espírita são necessários. Porém, só se tornam imprescindíveis,
quando o estudante alia tais estudos, tais conhecimentos adquiridos, a prática, isto  é,  ao  corpo-a
corpo na Caridade verdadeira que se realiza verdadeiramente quando o Bem é feito eivado de idealismo
superior; quando a piedade, a compaixão, atuam na alma e no coração do Obreiro de Jesus, pois que
estará, então, realizando o trabalho que o Cristo nos pede aqui na Terra e em toda parte onde estivermos,
pois que nos constituímos seus Trabalhadores, levando conosco o Seu Programa Pedagógico de Amor e Paz.
Maria de Nazaré - Mãe Terrena de Jesus, Espírito da mais absoluta pureza, e piedosa, ao ponto de ser
criadora no Mundo Espiritual, de hospitais, Postos de Socorro, Asilos e Casas de Apoio e Amparo a todos os
sofredores, solicita -agora- atenção especial dos Espíritas-Cristãos, às Mães em geral e, mais especificamente,
às Mães mais receptivas dos Espíritos reencarnantes e também aos que encarnam pela vez primeira na Terra,
oriundos de Mundos Superiores á Terra, que vêm em  missão de  Trabalho na  estruturação  do  Mundo de
regeneração, neste planeta. Eles estão chegando em massa, do mesmo modo que outros estão saindo em
massa da Terra para mundos inferiores, onde encontrarão, as dificuldades necessárias aos seus esforços
evolutivos, nos árduos trabalhos, na busca da sobrevivência, ante natureza hostil, e a lei do mais fortes e do
mais inteligente. Mantenhamos nossa solidariedade para com eles e em nossas preces não os esqueçamos
nunca. O que Mãe Maria solicita para com os nascituros e suas  mãezinhas  instaladas nos  lugares mais
pobres e sem recursos necessários à proteção de seus filhos com a educação moral, principalmente, além
da alimentação e o agasalho. Tais Espíritos precisam do labor dos que falam que "FORA DA CARIDADE
NÃO HÁ SALVAÇÃO", pois são os "Concertadores do Mundo Novo".

Mensagem de Espírito e Médium Amigos, Grupo Rumo a Paz, em 31.01.2011, no Paraná.
 

domingo, 13 de dezembro de 2020

ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU

Disse-nos Jesus, segundo anotações de Mateus, capítulo 18, versículo18:
"Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na Terra, terá sido ligado
no Céu, e tudo o que desligardes na Terra, terá sido desligado no Céu".
A Lei de Causa e Efeito, que nos tutela nos caminhos da Evolução, tanto
funciona da Terra para o Mundo Espiritual quanto do Mundo Espiritual
para a Terra.
Portanto, Terra e Mundo Espiritual, concomitantemente, são glebas de
colheita e semeadura, porque, a rigor, não existe, entre uma e outra,
solução de continuidade na elaboração do destino.
Terra e Mundo Espiritual, sob o ponto de vista ético - e por que não
dizer intelectual - podem se comparar a um espelho de dupla face,
sobre a qual as imagens que se movimentam num e noutro se refletem
e quase se superpõem, apenas com pequena diferença em suas
manifestações.
Seja na vida ou na morte, meros fenômenos visuais, o espírito é sempre
o mesmo em sua indestrutível essência, cabendo-lhe, no corpo carnal
ou fora dele, empreender esforços de autossuperação que o possibilitem
transcender a si mesmo.
Pois, que não existe morte, mas apenas Vida, e Vida em abundância, que
mais abundante se nos faz quando logramos avançar para além de 
nossos próprios limites !.

Obra: Assim Na Terra Como No Céu - Carlos A. Baccelli/Inácio Ferreira

sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

QUANDO JESUS DECLARA

16. Quando Jesus declara: "Não creiais que eu tenha vindo trazer a paz, mas, sim, a divisão", seu pensamento era este: 
"Não creais que a minha doutrina se estabeleça pacificamente; ela trará lutas sangrentas, tendo por pretexto o meu nome, porque os homens não me terão compreendido, ou não me terão querido compreender. Os irmãos, separados pelas suas respectivas crenças, desembainharão a espada um contra o outro e a divisão reinará no seio de uma mesma família, cujos membros não partilhem da mesma crença. Vim lançar fogo à Terra para expungí-la dos erros e dos preconceitos, do mesmo modo que se põe fogo a um campo para destruir nele as ervas más, e tenho pressa de que o fogo se acenda para que a depuração seja mais rápida, visto que do conflito sairá triunfante a verdade. A guerra sucederá a paz; ao ódio dos partidos, a fraternidade universal; às trevas do fanatismo, a luz da fé esclarecida. Então, quando o campo estiver preparado, eu vos enviarei o Consolador, o Espírito de Verdade, que virá restabelecer todas as coisas, isto é, que, dando a conhecer o sentido verdadeiro das minhas palavras, que os homens mais esclarecidos poderão enfim compreender, porá termo a luta fratricida que desune os filhos do mesmo Deus. Cansados, afinal, de um combate sem resultado, que consigo traz unicamente a desolação e a perturbação até ao seio das famílias, reconhecerão os homens onde estão seus verdadeiros interesses, com relação a este mundo e ao outro. Verão de que lado estão os amigos e os inimigos da tranquilidade deles. Todos então se porão sob a mesma bandeira: a da caridade, e as coisas serão restabelecidas na Terra, de acordo com a verdade e os princípios que vos tenho ensinado."

O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo XXIII

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

A VIAGEM

O aprendiz chegou ao recanto de antigo orientador da vida cristã e 
perguntou, em seguida às saudações costumeiras:
- Instrutor, posso acaso receber as suas indicações quanto ao melhor caminho 
para o encontro com Deus?
A resposta do mentor não se fez esperar:
- A viagem para o encontro com Deus é repleta de obstáculos por vencer... 
Espinheiros, precipícios, charcos e pedreiras perigosas...
Silenciando o interpelado, o moço prosseguiu:
- Isso tudo conheço... Já visitei vários templos da Índia, quando estive por 
vários dias na intimidade de faquires famosos, todos eles revestido de 
faculdades supranormais; arrisquei-me a cair nos despenhadeiros do Tibet 
para conviver com os monges santos; orei na grande Pirâmide do Egito; 
demorei-me na Palestina, procurando registrar impressões da paisagem na qual 
Jesus viveu, no entanto, estou saciado de excursões à procura da Divina 
Presença...
O orientador escutou com humildade e esclareceu, em seguida:
- Sim, é verdade que todas essas peregrinações e práticas auxiliam na busca 
do Supremo Senhor, mas, ao que me parece, há um engano de sua parte...
E arrematou:
- A viagem para o encontro com Deus é para dentro de nós.

 
 
Obra: Agora é o Tempo - Chico Xavier/Emmanuel
 
 

segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

NA PRESENÇA DO CRISTO

A ciência dos homens vem liquidando todos os problemas, alusivos ao  reconforto da Humanidade. Observou a escravidão do homem pelo próprio homem e dignificou o trabalho, através de leis compassivas e justas.
Reconheceu o martírio social da mulher que as civilizações mantinham em multimilenário regime de cativeiro e conferiu-­lhe acesso  às universidades e profissões. Inventariou  os desastres morais do analfabetismo e criou  a grande imprensa.
Viu  que a criatura humana tombava prematuramente na morte, esmagada em atividade excessiva pela própria sustentação e deu-­lhe a força motriz.
Examinou o insulamento dos cegos e administrou-­lhes instrução adequada. Catalogou  os delinquentes por enfermos transformou  prisões em penitenciárias­  escolas.
Comoveu-­se, diante das moléstias contagiosas, e fabricou  a vacina. Emocionou-­se, perante os feridos e doentes desesperados, e inventou a anestesia.
Anotou  os prejuízos da solidão e construiu  máquinas poderosas que interligassem os continentes.
Analisou o desentendimento sistemático que oprimia as nações e ofereceu­  lhes o livro e o telegrafo, o rádio e a televisão que as aproxima na direção de um mundo só.
Entretanto, os vencidos da, angústia aglomeram-­se na Terra de hoje como  enxameavam na Terra de ontem...
Articulam­-se todas as formas e despontam de todas as direções.
Perderam o emprego, que lhes garantia a estabilidade familiar e desorientam-­se abatidos, À procura de pão, foram despejados de teto, hipotecado a solução de constringentes necessidades e vagueiam sem rumo.
Encontram-­se despojados de esperança pela deserção dos afetos mais caros e abeiram-­se do suicídio.
Caíram em perigosos conflitos da consciência e aguardam leve sorriso que os reconforte. Envelheceram sacrificados pelas exigências de filhos queridos que lhes renegaram a convivência nos dias da provação e amargam doloroso abandono. Adoeceram gravemente e viram-­se transferidos da equipe domestica para os azares da mendicância. Transviaram-­se no pretérito e renasceram, trazendo no próprio  corpo os sinais aflitivos das culpas que resgatam, pedindo cooperação. Despediram­  se dos que mais amavam no frio portal do túmulo e carregam os últimos sonhos da existência cadaverizados agora no esquife do próprio peito.
Abraçaram tarefas de bondade e ternura e são mulheres supliciadas de fadiga e de pranto, conduzindo os filhinhos que alimentam à custa das próprias lágrimas. Gemem, discretos, e surgem na forma de crianças, desprezadas, à maneira de flores que a ventania quebrou, desapiedada, no instante do amanhecer.
Para eles, os que tombaram no sofrimento moral, a ciência dos homens não  dispõe de recursos. É por  isso que Jesus, ao reuni-­los em multidão, no  tope do  monte, desfraldou  a bandeira da caridade e, proclamando as bem­aventuranças eternas, no-­los entregou por filhos do coração...
Companheiro da Terra quando estendes uma palavra consoladora ou  um abraço fraterno, uma gota de bálsamo ou  uma concha de sopa, aliviando os que choram, estás diante deles, na presença do Cristo, com quem aprendemos que o  único remédio capaz de curar  as angústias da vida nasce do amor, que derrama, sublime, da ciência de Deus.

Obra: Livro da Esperança - Chico Xavier/Emmanuel

sábado, 5 de dezembro de 2020

COMPORTAMENTO IRRESPONSÁVEL







 

FUNDAMENTAL

"Ora, ouvindo tais palavras, um dos que estavam com ele à mesa, disse-lhe: Bem-
 aventurado aquele que comer pão no Reino de Deus."  - Lucas, cap. 14 - v. 15
 
O homem que, ouvindo Jesus, disse o que o Evangelista registrou acima, assim não
se manifestou apenas por ter escutado as suas palavras, mas, porque, sobretudo,
as compreendeu.
Ouvir é de todos; raros, porém, os que assimilam o que escutam.
Ninguém vive tão-só pelos seus sentidos físicos.
Duas pessoas não contemplam a paisagem com os mesmos olhos...
O entendimento é fruto da maturidade espiritual e não da mera informação.
Poucos são os que procuram auscultar, em profundidade, as lições que se encontram
exaradas no Evangelho.
Em todas elas, há uma interpretação literal e outra, mais significativa, à qual somente
têm acesso os que se dispõem a refletir para além das palavras.
Porque se apegam ao espírito da letra, os que não se fanatizam, decepcionam-se.
Pensar é fundamental para a fé.
Atentemos para o detalhe da narrativa de Lucas:
"... um dos que estavam com ele à mesa..."Na companhia do Mestre, quem alcança certa compreensão da Vida costuma
ficar sozinho.
Os outros permanecem na expectativa de maiores explicações e, porque não enxergam
o que alguém já vê sem grande esforço, simplesmente negam a existência da luz.

Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - Carlos A. Baccelli/Inácio Ferreira

quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

PARA ENCONTRAR DEUS

"Porque onde está o teu tesouro, aí também está o teu coração." - Jesus (Mateus, 6:21).

A vida cristã gira em torno do amor fraterno.
Podemos expressar o que de melhor existe dentro de nós.
O Evangelho nos ensina que a cada momento pode haver um recomeço, a fim de ganharmos a presença do Cristo.
Paciência é o poder que nos traz o reino da felicidade.
Jesus sabe das nossas deficiências e nos assiste com a sua tolerância.
Ajudemo-nos uns aos outros.
Viver é a lei.
Devemos ser fiéis em nossas pequenas promessas.
Muita gente se acha completamente absorvida em glórias celestes, ao passo que cuida pouco das pequenas coisas.
Despertemos.
Devoção exige realização.
Aquele que sabe, torna-se responsável.
O mundo precisa de ajuda.
Sirvamo-nos em todas as oportunidades.
Tanto no Evangelho, como na vida prática, devemos olhar para frente.
Jesus disse: "Porventura não se vendem dois passarinhos por um asse? E nem um deles cairá sobre a terra sem vosso Pai.
E até mesmo os cabelos da vossa cabeça, todos eles estão contados.

" Não podemos medir a glória de Deus em torno de nós, mas podemos reconhecer os divinos atributos de Deus através do nosso amor ao semelhante.

Tanto quanto se sabe, a definição do Novo Testamento, "Deus é amor; e aquele que se demora no amor, demora-se em Deus e Deus está nele", encerra a promessa de que, vivendo e praticando o amor puro, o homem finalmente alcançará o estado de união com seu Criador, para sempre.

Desejaríamos encontrar a Deus? Então precisamos seguir a Jesus Cristo.

Servir com ele é aliviar os problemas da vida.
As coisas de Deus não nos chegam por acaso.
A felicidade e a paz, no reino da alma, vêm dos trabalhos do amor.
Quando encontramos amor em nossos corações, Jesus lá está.

Nova Iorque, N.I., EUA, 9, Julho, 1965. 

Médium Waldo Vieira/Anderson
 
 

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

CHICO XAVIER

Que eu lembre sempre que todos nós 
fazemos parte dessa maravilhosa teia chamada vida,
criada por alguém bem superior a todos nós!
E que as grandes mudanças não ocorrem por grandes feitos
de alguns e,sim,nas pequenas parcelas cotidianas
de todos nós!

Chico Xavier