53 anos sem Marilyn-pequeno ensaio
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Um agradecimento especial à leitora Eve,"marilynóloga"assim como eu,
e ao site VALE A PENA que sempre prestigia os posts aqui do blog.
e ao site VALE A PENA que sempre prestigia os posts aqui do blog.
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53 anos depois,a morte de Marilyn continua a fazer parte da lista das grandes teorias conspiratórias do século XX.
Ela teria sido "suicidada" por ter ficado sabendo demais sobre segredos de Estado,durante a ligação com os irmãos Kennedy.
Marilyn estaria,hoje, com 89 anos.
5 de agosto de 1962, 23 h e 30 min
12305, 5th West Helena Drive, Hollywood, Eunice Murray, governanta de Marilyn Monroe telefona, em pânico, para o Dr. Ralph Greenson e pede que ele venha imdediatamente.
Conta ao psiquiatra que, pensando que a atriz dormia, tentou entrar mas a porta estava trancada por dentro. Deu a volta na casa e olhou pela janela. Marilyn estava deitada de lado e parecia querer segurar o telefone.Imóvel, parecia morta.
Conta ao psiquiatra que, pensando que a atriz dormia, tentou entrar mas a porta estava trancada por dentro. Deu a volta na casa e olhou pela janela. Marilyn estava deitada de lado e parecia querer segurar o telefone.Imóvel, parecia morta.
Patricia, irmã do Presidente Kennedy e casada com o ator Peter Lawford,também recebeu chamada telefônica. Era a cunhada, mulher de Bob Kennedy - irmão do Presidente e Ministro da Justiça - contando que o Dr. Greenson informara o que havia acontecido em West Helena Drive.
Peter e Bob partiram imediatamente para Brentwood Heights.
O Ministro da Justiça estava apavorado. Às 23 h e 45 min, o Dr. Greenson parou diante da casa e tirou a manivela do macaco do carro, que serviu para quebrar o vidro do quarto de Marilyn.
O Ministro da Justiça estava apavorado. Às 23 h e 45 min, o Dr. Greenson parou diante da casa e tirou a manivela do macaco do carro, que serviu para quebrar o vidro do quarto de Marilyn.
Examinando com o estetoscópio, verificou que o coração ainda batia e começou a respiração boca a boca, enquanto esperava uma ambulância. Neste momento a freiada de um carro anuncia a chegada de Peter Lawford e de Bob, também chamados pela governanta.
Dr. Greenson examina os comprimidos que ele mesmo prescrevera e observa que faltam quase todos - cerca de 50 teriam sido ingeridos.
Bob Kennedy pergunta se Marilyn ainda está viva e é informado que o pulso e a respiracão estão tão fracos que a salvação é uma questão de segundos.
Resolve transporta-la para o Hospital de Santa Monica, distante alguns quilômetros. Dr Greenson entra no carro de Peter, Bobby dirige e Eunice pede para cancelar o pedido de ambulância.
Estavam a pouco metros do Saint John's Hospital quando o médico tocou as costas do motorista – um sinal de que a diva loura acabava de falecer.
Foi apontada como causa da morte o suicídio por ingestão de barbitúricos. Da última sessão de fotos de Marilyn feita no dia seguinte por um funcionário do necrotério, só foi divulgado o rosto, irreconhecível. E é o bastante para chocar e dar pena, muita pena.
Desde então, 110 livros contam esta mesma história, contestada por Dan Wolfe na obra de 600 páginas “The Assassination of Marilyn Monroe” (Albin Michel S.A. ,1998)
50 anos sem ela
Marilyn Monroe permanece como o maior símbolo sexual do século 20, tornada ícone pela arte de Andy Wahrol, grande nome do cinema em todos os tempos e o mais tocante deles.
A morte trágica - e ainda não completamente esclarecida - aos 36 anos, só fez aumentar o mito. Ainda em vida, geminianamente, era uma mulher dividida em duas: uma pública expirando sensualidade que levava horas para ser “montada” e o mundo conhecia como Marilyn.
A outra, desconhecida, órfã de pais vivos e que vagou por muitos lares adotivos e desejou – sem sucesso - ser reconhecida pelos próprios méritos: Norma Jean. O temperamento oscilante contrastava com a grande determinação.
Era adorada por homens e mulheres, que não se sentiam ameaçadas pelo símbolo sexual.Todos experimentavam o mesmo sentimento pela figura da falsa loura de corpo escultural: ternura
Cultivada pelos estúdios da 20th Century Fox, MM encarnava o sexo em estado bruto e aceitava numa boa os papéis de loura burra que lhe apresentavam. No entanto, seu talento natural de comediante iluminava a tela.
Norma Jean
Nascida Norma Jean Mortensen, depois Baker, no dia 1º de junho de 1926 em Los Angeles, era filha de pai desconhecido e Gladys Baker Mortensen, que trabalhava como montadora na indústria do cinema. A internacão da mãe em hospitais psiquiátricos e a passagem por nove casas de família e orfanatos em 4 anos marcaram sua vida.
Em junho de 1942, aos 16 anos, casou-se com James E. Dougherty. Durante a 2ª Guerra Mundial havia grande demanda de fotos femininas para os soldados. Enquanto o marido lutava na Europa, Marilyn foi à Agência Blue Book Modeling and Studio e começou a trabalhar imediatamente.
Garota do calendário
As primeiras atuações como modelo e manequim a transformaram em “pin-up girl” com algumas figurações no cinema. O casamento durou 4 anos e, na época do divórcio, já era conhecida como "Marilyn Monroe". Marilyn, nome emprestado de uma atriz de musicais da Broadway e o Monroe da avó materna.
É deste momento a famosa foto nua em fundo de veludo vermelho para o calendário da Playboy. A carreira no cinema progredia. Logo estava atuando ao lado dos Irmãos Marx e dirigida por John Huston e J.L. Mankiewickz.
Foi com um papel dramático que alcançou o respeito da crítica: “Niagara”, de Henry Hathaway.
O sucesso continuou: MM brilha em “Os homens preferem as louras”, de Howard Hawks e “Como agarrar um milionário”, de Jean Negulesco.
E acontece o casamento - que durou apenas 9 meses - com o ídolo do baseball Joe Di Maggio. Em 1955, estrela já reconhecida, Marilyn funda sua produtora, em sociedade com o amigo Milton Greene e anuncia a intenção de deixar a Fox.
Antes de terminar o contrato, filma a celebérrima cena da saia levantada no metrô, diante de uma audiência de 5.000 pessoas.
A estrela brilha
Agora, Marilyn deseja ser, cada vez mais, ser reconhecida como atriz.
Para isso, segue os cursos do Actor's Studio onde Lee Strasberg e sua mulher Paula lhe ensinam o “Método” - teorias de Stanislavski, sobre o papel do ator.
Depois do casamento com o dramaturgo Arthur Miller, vai a Londres - acompanhada da agora onipresente Paula Strasberg - para filmar com Sir Laurence Olivier.
A estrela doente
Depois de 2 anos de ausência, volta a Hollywood para, cheia de charme e beleza, estrelar “O pecado mora ao lado”.
Atrasos, caprichos e faltas de concentração passam a ser coisa comum. Foram necessárias 47 tomadas para a fala "It’s me sugar” e 59 para "Where's the bourbon”?
Alternando gestações mal sucedidas e abortos (cerca de doze) ela, que adorava crianças, acabou ficando estéril.
Começou a fase do que MM chamava “doencinhas”, causadas por queda de imunidade e pela cada vez maior ingestão de barbitúricos.
Desajustada
Em 1961, Marilyn se prepara para um personagem dramático em "Os desajustados", escrito por Miller e dirigido por Jonh Huston. Faz uma jovem mulher instável em processo de divórcio, que se apaixona por 3 homens ao mesmo tempo.
A filmagem aconteceu no limite do suportável, porque o casamento com Miller já se desintegrava. Finalmente, saiu o divórcio em fevereiro de 1961.
Marilyn inicia uma absurda relação a três com o jovem presidente dos Estados Unidos John Kennedy e com seu irmão, o Ministro da Justiça Robert (Bob).
É o período das depressões severas e internações em clínicas. O fantasma da mãe doente mental surge em seus delírios, causados pela ingestão de quantidades industriais de medicamentos psiquiátricos.
O mundo caiu
No dia 21 de maio, desobedece as ordens de se afastar do estúdio e vai ao Madison Square Garden onde, vestida com um modelo costurado ao corpo canta (ou melhor, sussurra) "Happy Birthday, Mister President" para John Kennedy.
O universo de Marilyn desaba neste instante.
Profissionalmente está desacreditada, a saúde péssima, a vida sentimental falida. A obsessão que passou a ter por Bob Kennedy, casado e pai de nove filhos, a transforma em pessoa que incomoda o primeiro escalão do governo.
Vida depois da morte
5 de agosto de 1962.
O mundo inteiro recebe, chocado, a notícia da morte da estrela e,com o desenrolar das investigações, percebe que a tese de suicídio- divulgada logo após a morte, não bate.
Ainda hoje, a versão oficial é confrontada com o cenário da tragédia, sendo que os prováveis assassinos vão da Máfia à família Kennedy ajudada pela CIA, pelo legista e pelo psiquiatra.
Ficaram 37 minutos de atuação em “Something's Got To Give”, interrompidos pela morte da estrela principal estão no documentário "Marilyn Monroe: Life After Death",de 1994, dirigido por Gordon Freedman.
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