A Casa dos Açores, construída no século XIX, abriga o Museu
Etnográfico, no município de Biguaçu. Distante cerca de 20 quilômetros do
centro de Florianópolis, é um dos mais esplêndidos registros do apogeu da
colônia açoriana-madeirense da localidade de São Miguel.
O
museu forma, junto com a Igreja de São Miguel Arcanjo, a chácara e os arcos do
antigo aqueduto, um belo conjunto arquitetônico. Conta com acervo de móveis,
roupas e outras peças que visam à preservação e ao estudo da cultura açoriana.
O espaço serve também para divulgar obras de autores catarinenses e exposições,
além de contar com a comercialização de artesanato local.
Para
compreender a importância histórica da Casa dos Açores – Museu Etnográfico é
preciso relembrar fatos importantes que ocorreram na região de São Miguel. No
ano de 1748 é inaugurado o fluxo migratório de Açores e Madeira, culminando com
a fundação de diversas povoas ao longo do litoral da província de Santa Catarina.
Prova da importância da freguesia de São Miguel da Terra Firme pode-se medir, em parte, a partir de seu patrimônio físico, como a Igreja Matriz, dedicada ao Arcanjo São Miguel. Uma construção que se comparada a outras igrejas do mesmo período, destaca-se pela imponência.
Os
governadores da província no período entre 1750 e 1756, Manoel Escudeiro
Ferreira de Souza e seu sucessor José de Melo Manuel, tentaram em diversas
ocasiões transferir a capital da província do Desterro para São Miguel, não obtendo
êxito. Pesava a favor de São Miguel sua posição estratégica – defendida de
perto pelas fortalezas – e seu clima.
No
ano de 1777 os espanhóis invadiram a Ilha de Santa Catarina, São Miguel
tornou-se então refúgio de parte da população ilhoa, autoridades e militares
que fugiram da Ilha para o continente, tornando-se capital provisória da
Capitania de Santa Catarina.
Assinado
o Tratado de Santo Idelfonso, em 1778, a ilha foi devolvida aos portugueses e
São Miguel voltou a sua vida normal.
De
arquitetura luso-brasileira, a Casa dos Açores é testemunha de uma época de
opulência.
O
imóvel foi adquirido por Manoel Joaquim Madeira, que o reformou em 1865. Em
1978, após ter passado por vários proprietários, foi adquirido pelo Governo do
Estado de Santa Catarina que o restaurou e o transformou em museu com objetivo
de preservar e estudar a cultura açoriana.
Photos: JP
FONTE:
http://www.fcc.sc.gov.br/casadosacores/pagina/7434/historico
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