A vontade desequilibrada desregula o foco de nossas
possibilidades criadoras. Daí procede a necessidade de regras
morais para quem, de fato, se interesse pelas aquisições eternas
nos domínios do Espírito. Renúncia, abnegação, continência
sexual e disciplina emotiva não representam meros preceitos de
feição religiosa. São providências de teor científico, para enriquecimento efetivo da personalidade. Nunca fugiremos à lei, cujos
artigos e parágrafos do Supremo Legislador abrangem o Universo.
Ninguém enganará a Natureza. Centros vitais desequilibrados
obrigarão a alma à permanência nas situações de desequilíbrio.
Não adianta alcançar a morte física, exibindo gestos e palavras
convencionais, se o homem não cogitou do burilamento próprio.
A Justiça que rege a Vida Eterna jamais se inclinou. É certo que
os sentimentos profundos do extremo instante do Espírito encarnado cooperam decisivamente nas atividades de regeneração além
do túmulo, mas não representam a realização precisa.
O homem vive esquecido de que Jesus ensinou a virtude como
esporte da alma, e nem sempre se recorda de que, no problema do
aprimoramento interior, não se trata de retificar a sombra da
substância e sim a substância em si mesma.
Obra: Missionários da Luz - Chico Xavier/André Luiz
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