quarta-feira, 27 de março de 2019

UM GRANDE APRENDIZADO

Estou, neste momento, em um hospital. Vim até aqui visitar amigos
recém-desencarnados e que muito precisam de um remédio - paz.
Levanto-me do meu conforto, porque não podemos perder tempo,
precioso demais para quem deseja viver com Jesus, e sorrio ao me
recordar de Francisca Theresa, contando-nos uma passagem do
Divino Mestre:

"Certa vez, Jesus chegou à casa de Pedro e o encontrou deitado
com dor de dente.
- Estás doente, irmão?
- Sim, Mestre, hoje não posso acompanhar-Te, sinto-me tão 
necessitado... e como socorrer os outros, quando sofro tanto?
Sentando-Se ao lado da cama de Pedro, o Mestre segurou-lhe a
mão, olhando-o com piedade. Pedro, meio envergonhado, indagou-Lhe:
- Onde pretendes ir hoje, Senhor?
- À casa de Ester. Ela vem lutando com o marido e a filha, fracos do
juízo, só a irmã trabalha, os doentes vivem deitados; coitadinhos, eles
não sabem o que fazem. Nada mais triste do que não se ter a mente
sã para ajudar os que precisam.
Despediu-Se de Pedro e saiu. Quando Jesus já ia longe, escutou
alguém a chamá-Lo:
- Senhor, espera-me!
Parando, Jesus perguntou ao apóstolo:
- E a tua dor de dente?
- Senhor, perdoa-me. Se desejo seguir-Te, não posso achar que o meu
mal seja maior que o dos meus irmãos, porque assim ficarei deitado.
Já que todos nós, na Terra, sofremos dores e cansaço, não é justo o
trabalhador parar somente por se julgar doente.
Jesus abraçou-o e seguiram.
Ao presenciar o verdadeiro sofrimento de uma mulher, Pedro deu graças
por não ter ficado deitado. O dente não o incomodou mais porque
ninguém se lembra da dor com o coração feliz, e Pedro contente estava
por ter tido força de abandonar a preguiça e a dor".

Obra: Mãos Estendidas - Psicografia: Irene P.Machado/Espírito: Luiz Sérgio

                                            

                              Instagram:  instagram.com/joaopaulo.rieg

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