"Quando os homens chegaram junto dele, disseram: João Batista enviou-nos
para te perguntar: És tu aquele que estava para vir, ou esperaremos outro?"
- Lucas, cap. 7 - v. 20
Interrogado pelos discípulos de João Batista a respeito de sua condição, ou não,
do Messias esperado, Jesus não se limitou a lhes responder com palavras.
Concitado a identificar-se, o Mestre simplesmente agiu.
Demonstrou quem era, não proferindo brilhante discurso, evocando as profecias
que anunciavam o seu advento, mas através de seus feitos.
Conta o Evangelista que, "naquela mesma hora, curou Jesus a muitos de moléstias
e flagelos e de espíritos malignos; e deu vista a muitos cegos"...
Em seguida, disse aos emissários de João, que estava preso, às vésperas de ser
decapitado: "Ide, e anunciai a João o que vistes e ouviste..."
O discípulo sincero do Evangelho não carece de levantar a voz para defender-se
de qualquer acusação: bastar-lhe-ão as suas obras !
O que o homem realiza ao longo de sua trajetória é que verdadeiramente fala de
sua procedência e fornece notícias de sua sinceridade de propósitos.
Qualquer um poderia, com palavras, dizer aos mensageiros do Precursor: - Sim,
eu sou aquele que estava para vir... Somente o Messias, no entanto, poderia
agir como tal !
O seguidor do Cristo, pois, não é somente aquele que escreve com lavor ou fala
com mestria, de vez que a arte de falar e escrever com esmero pode ser
facilmente assimilada por quem se dedica a exercitá-la.
No entanto, devotar-se às boas obras, com o intuito de concretizá-las, exige muito
mais que convicção de superfície e treino no ato de estender a mão: é indispensável
possuir o idealismo do bem profundamente arraigado no espírito !
(Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - Carlos A.Baccelli/Inácio Ferreira)
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