Li ou ouvi, certa vez, esta
história que muito vem a calhar para se refletir sobre a competência de
prontidão, que faz com que possamos estar prontos para ir muito além dos
limites de nossa função.
Conta-se que a grande atriz Cacilda Becker (os mais jovens por aí , não a tenham visto em nossos palcos. Podem fazer uma pesquisa), certa vez, estava em cartaz em uma peça junto com o não menos lendário Sérgio Cardoso.
O personagem de Sérgio só entrava em cena no meio do terceiro ato. Então, Sérgio só costumava chegar ao teatro no intervalo entre o primeiro e o segundo atos.
No dia em que este fato se deu, Sérgio , surpreendentemente, não chegou. Houve certo alvoroço, mas Cacilda , a todos tranquilizou, afirmando que decerto o atraso se devia a algum contratempo.
No segundo intervalo, o pânico imperava nos bastidores. Sérgio não chegara.
Cacilda , imperturbável, disse que se Sérgio não chegasse até 2 minutos antes de seu personagem entrar em cena , mandassem alguém vestido de mensageiro entregar-lhe um hipotético telegrama. Seria seu sinal. E que no momento de Sérgio dizer a sua primeira fala , fizessem tocar a campainha do telefone que havia em cena. E que deixassem o restante com ela.
Como Sérgio não chegou afinal, assim foi feito.
Cacilda , a grande atriz, sabia toda as falas de personagem com o qual o seu próprio contracenava. E as disse , repetindo-as como se as ouvisse de um interlocutor ao telefone , sob os olhares atônitos e incrédulos de todos.
Cacilda em estado de prontidão salvou o espetáculo.
Foi aplaudida por mais de 15 minutos de pé. Mereceu.
Conta-se que a grande atriz Cacilda Becker (os mais jovens por aí , não a tenham visto em nossos palcos. Podem fazer uma pesquisa), certa vez, estava em cartaz em uma peça junto com o não menos lendário Sérgio Cardoso.
O personagem de Sérgio só entrava em cena no meio do terceiro ato. Então, Sérgio só costumava chegar ao teatro no intervalo entre o primeiro e o segundo atos.
No dia em que este fato se deu, Sérgio , surpreendentemente, não chegou. Houve certo alvoroço, mas Cacilda , a todos tranquilizou, afirmando que decerto o atraso se devia a algum contratempo.
No segundo intervalo, o pânico imperava nos bastidores. Sérgio não chegara.
Cacilda , imperturbável, disse que se Sérgio não chegasse até 2 minutos antes de seu personagem entrar em cena , mandassem alguém vestido de mensageiro entregar-lhe um hipotético telegrama. Seria seu sinal. E que no momento de Sérgio dizer a sua primeira fala , fizessem tocar a campainha do telefone que havia em cena. E que deixassem o restante com ela.
Como Sérgio não chegou afinal, assim foi feito.
Cacilda , a grande atriz, sabia toda as falas de personagem com o qual o seu próprio contracenava. E as disse , repetindo-as como se as ouvisse de um interlocutor ao telefone , sob os olhares atônitos e incrédulos de todos.
Cacilda em estado de prontidão salvou o espetáculo.
Foi aplaudida por mais de 15 minutos de pé. Mereceu.
Quantos de nós estamos prontos?
Quantos de nós sabemos além de nosso papel?
Quantos de nós estamos prontos pra salvar o espetáculo em nossas vidas , em nossas empresas, em nossas universidades?
Estar pronto é tarefa de uma vida. Se faz passo a passo, linha a linha, verso a verso .Com vontade. Com paixão.
Os aplausos chegam, claros, em muitas formas e cores.
Quantos de nós estamos prontos pra salvar o espetáculo em nossas vidas , em nossas empresas, em nossas universidades?
Estar pronto é tarefa de uma vida. Se faz passo a passo, linha a linha, verso a verso .Com vontade. Com paixão.
Os aplausos chegam, claros, em muitas formas e cores.
Ana Lúcia de Mattos Santa Isabel
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