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Ataques de ciúme, vestidos chocantes, relacionamentos marcados por bebedeira, ausência ou excesso de sexo. Saiba os bastidores de algumas das uniões mais controversas de todos os tempos.
A primeira a casar por amor
Numa época em que acordos e interesses políticos pontuavam os relacionamentos, a Rainha Victoria foi a primeira pessoa da realeza britânica a se casar por amor, em 1840. Foi ela quem pediu a mão de seu primo - e grande amor de sua vida -, o príncipe Albert de Sanjonia-Coburgo-Gotha. Cheia de marra e opinião, Victoria ainda mandou às favas a mania vigente de usar tons fortes na cerimônia e optou por um vestido branco, iniciando a tradição vigente até os dias atuais. Ela também usou um véu, acessório até então vetado à nobreza, e comemorou o casório às 13 horas, quando o comum era realizar as celebrações à noite. Os dois ficaram juntos por 23 anos, até a morte de Albert. Victoria passou 10 anos em luto, vestindo preto e dormindo todos os dias com a foto do amado a seu lado, em um travesseiro.
Sem sexo
Celebrado em 16 de maio de 1770 no suntuoso Palácio de Versalhes, o casamento de Luís XVI e Maria Antonieta só foi consumado depois de sete anos. O rapaz sofria de fimose e sentia dificuldade em manter as ereções. E não queria de jeito nenhum operar (algo até que compreensível, levando-se em conta as condições clínicas e higiênicas da época), alegando que Deus o tinha feito daquele jeito. Quando finalmente se convenceu, consumou o casamento, aos 23 anos, mas nunca foi muito chegado a sexo (pelo menos, não com a esposa). Maria Antonieta, na verdade, já tinha sofrido uma decepção na primeira vez em que botou os olhos nele: como a união se consolidara por motivações políticas, ela só o conheceu pouco antes da cerimônia. E ficou passada: Luís XVI era bem desajeitado e sem graça. Segundo estudiosos, a ostentação e o luxo tão apreciados pela rainha francesa eram uma forma de compensar a falta de entusiasmo do marido.
Duração: 55 horas
Em sua fase vida loka, Britney Spears protagonizou o casamento mais rápido do mundo das celebridades. Em 2004, depois de uma noite regada a álcool, a então princesinha do pop trocou alianças com Jason Alexander, seu amigo de infância, em uma capela em Las Vegas. Dois dias depois, o casal se deu conta da bizarrice que tinha feito e entrou com um pedido de anulação da união.
Noiva ciumenta, convidada em fuga
Pompa e circunstância poderiam ter definido com exatidão a cerimônia de casamento entre a modelo Daniella Cicarelli e o jogador de futebol Ronaldo em fevereiro de 2005. Poderiam, porque o casório ficou marcado não só pelo luxo, mas pelo barraco protagonizado pela noiva ao encontrar no local - o Castelo de Chantilly, na França - uma antiga inimiga, a também modelo Caroline Bittencourt. Dani expulsou a moça porque, segundo mexericos na época, as duas namoraram o mesmo empresário, João Paulo Diniz. A versão oficial é que o nome de Carol não estava na lista de convidados e que outras pessoas foram obrigadas a se retirar. A união, que durou apenas três meses, foi permeada por brigas e crises de ciúme. Anos depois, Cicarelli admitiu ter quebrado o computador de Ronaldo após flagrá-lo trocando mensagens quentes com outra mulher.
Infelizes para sempre
Charles, príncipe de Gales, e a aristocrata Diana Spencer protagonizaram o casamento mais icônico do século XX. Realizado em 1981, na St. Paul's Cathedral, em Londres, foi transmitido ao vivo para mais de 750 milhões de pessoas em todo o mundo. Confeccionado em seda e decorado com 10 mil pérolas, o vestido de Lady Di se tornou um dos mais icônicos da história da moda. Aos olhos do público, Diana era a mais perfeita encarnação moderna das princesas dos contos de fadas. Nos corredores do Palácio de Kensington, porém, o dia a dia da moça estava bem longe de ser um encanto. Charles era apático e nunca havia se desligado totalmente de uma ex, hoje sua esposa, Camilla Parker-Bowles, e detalhes da relação extraconjugal volta e meia se tornavam públicos, para humilhação da princesa. Depois do divórcio, em 1992, veio à tona a informação de que Diana também havia tido um caso de cinco anos com seu instrutor de equitação. Entre as consequências da pressão exercida pela realeza, ela desenvolveu bulimia. Vítima fatal de um acidente de carro em Paris, Diana teve seu funeral visto pela TV por quase 2,5 bilhões de pessoas e foi homenageada com 50 milhões de ramalhetes de flores. Charles e Camilla seguem casados desde 2005.
Pretinho básico e amor eterno
Em seu segundo casamento, em 1954, Marilyn Monroe já era a deusa-mor de Hollywood. Não à toa, aproveitou sua condição de celebridade para chocar a sociedade conservadora da época ao surgir vestida de preto para trocar alianças com Joe DiMaggio, lendário jogador de beisebol. A peça, elegante e moderna, tinha comprimento midi. Além do visual, a própria união foi motivo de choque entre o público e a imprensa, que tratava Marilyn como uma celebridade volúvel e vulgar. Joe, apaixonadíssimo, escolheu para a ocasião a mesma gravata que tinha usado no primeiro encontro com a diva. O casamento durou apenas nove meses por conta do ciúme excessivo de DiMaggio, que ficou uma fera ao ver a famosa cena em que o respiradouro do metrô esvoaça o vestido branco de Marilyn no filme "O pecado mora ao lado" (1955). Entretanto, DiMaggio nunca a tirou do coração: ele não só tentou salvar a ex da depressão quando ela se divorciou do dramaturgo Arthur Miller, em 1961, como bancou as despesas de seu funeral, no ano seguinte. Ele ainda cumpriu a promessa que lhe havia feito de enfeitar seu túmulo a cada semana caso ela morresse: durante duas décadas, ele enviava rosas brancas para a lápide da amada três vezes por semana.
Redes sociais e orgulho gay
Após 21 anos juntos, o músico Elton John e o cineasta David Furnish se casaram na mansão do casal, na Inglaterra, em 2014. A cerimônia foi privada, mas ambos compartilharam fotos em tempo real no Instagram com a hashtag #ShareTheLove (#CompartilheOAmor). Em 2013, o consentimento legal para uniões entre pessoas do mesmo sexo na Inglaterra e no País de Gales foi emitido pela rainha Elizabeth II - um avanço enorme que repercutiu no mundo todo. Na ocasião, Elton John, que sempre militou pelos direitos dos homossexuais, lembrou que ser gay na Grã-Bretanha nas décadas de 1950 e 1960 era "um delito". O artista e o parceiro há haviam assinado a união civil em 2005 e são pais de dois meninos, Zachary e Elijah, de seis e quatro anos, nascidos através de gestação em barriga de aluguel.
8 casamentos, um só amor
Segundo consta, quando Elizabeth Taylor e Richard Burton filmaram sua primeira cena de amor em Cléopatra a química entre os dois foi tão forte que as pessoas presentes no set ficaram com medo de o estúdio pegar fogo. Casados e com filhos, logo selaram um caso que não faziam a menor questão de esconder - inclusive, continuavam a se pegar mesmo depois de o diretor Mankiewicz gritar "Corta!". Liz já colecionava polêmicas, como o fato de ter se envolvido com o cantor Eddie Fischer, marido de sua melhor amiga, Debbie Reynolds. Com problemas ligados ao ao álcool e pouco disposto a se separar da mulher, Burton agredia a amante emocional e fisicamente. Por dois anos eles viveram uma relação conturbada e agressiva que gerou, inclusive, uma chamada pública do Vaticano por indecência. Quando enfim decidiram ficar juntos, viveram um período de calmaria e nos anos 1960 formavam o casal mas popular do mundo. Aos poucos, contudo, o relacionamento foi sendo envenenado por gastos exorbitantes, bebedeiras homéricas, drogas de todo o tipo e inúmeras doenças. Em 1968, Liz teve seu útero retirado e ficou traumatizada, pois não havia conseguido engravidar de Burton. Após mais trocas de xingamentos, culpas e agressões, separaram-se em 1973. E, para escândalo geral, voltaram a se casar dois anos depois para se largarem de vez apenas três meses depois. Quando o ator morreu, em 1984, ela quase enlouqueceu. Liz, que morreu em 2011, chegou a se casar mais duas vezes, mas nunca escondeu de ninguém que Burton foi seu verdadeiro amor.
Paixão incontrolável e troca de parceiros
Em 1990, o empresário Eike Batista e Patrícia Leal, herdeira de uma rica e tradicional família carioca, casaram-se numa cerimônia religiosa reservadíssima. A união civil, marcada para seis dias depois, nunca chegou a acontecer. Nesse pequeno intervalo, Eike conheceu Luma de Oliveira, uma das mulheres mais desejadas do Brasil na época, e ficou de quatro pela beldade. A desistência foi um escândalo no high society do Rio de Janeiro - Patricia era tão conhecida que inspirou o termo "patricinha", adotado para se referir às meninas ricas e bem vestidas. Quatro meses depois, Eike e Luma se casaram - por uma irônica coincidência, bem no dia do aniversário de Pat. Como cereja do bolo, Luma surgiu com um modelito curtíssimo ostentando não só as coxas torneadas como uma barriga saliente - estava no terceiro mês de gestação do primogênito, Thor. Patrícia conseguiu a anulação do casamento no Vaticano e se casou em 1992 com Antenor Mayrink Veiga, ex-namorado adivinhe de quem? Luma. Nenhuma das uniões resistiu ao tempo.
LIVROS CONSULTADOS:
"O guia das curiosas" (Panda Books), de Marcelo Duarte e Inês de Castro
"O guia dos curiosos - Sexo" (Panda Books), de Marcelo Duarte e Jairo Bauer (psicólogo)
"Paixões - Amores e desamores que mudaram a história" (Ediouro), de Rosa Montero
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