"Manda quem pode..." O que há por trás
deste velho paradigma?
"Manda quem
pode, obedece quem tem juízo!". Por que esta frase tão antiga permanece ainda tão presente no mundo das organizações ?
A quem interessa?
Para que um valor se
sustente nas inter-relações é necessário que haja "ganhos" de ambos
os lados - para quem o estabelece e para quem o fomenta.
Ancorado em valores
como repressão e autoritarismo, com alto grau de defensividade a mudanças,
estes valores são usados como escudo para a insegurança, o medo e a
incompetência para lidar com situações novas, em que o poder não reside no
status do cargo, mas em fatores intangíveis, como o conhecimento, a
criatividade, a emoção e a sensibilidade.
Romper esse paradigma
requer autoconhecimento e humildade para rever crenças e valores pessoais,
abertura para mudança para desaprender velhos hábitos e incluir novos
referenciais e coragem para sair da "zona de conforto".
Segundo Maquiavel,
"não há nada mais difícil para assumir, mais problemático para conduzir ou
de sucesso mais incerto, do que liderar a introdução de uma nova ordem. Porque
inovação faz inimigos aqueles que se deram bem nas condições antigas e apenas
defensores mornos entre aqueles que podem se dar bem nas novas."
Proponho aqui algumas
reflexões para o profissional de RH, cujo desafio é liderar o processo de
reinvenção do contexto organizacional:
Quais são as
premissas e os valores que formam o contexto da organização e quais os
resultados que estão sendo produzidos, para o corpo funcional, para os
clientes, os fornecedores e para a sociedade?
Quais são as crenças
pessoais do consultor em gestão de pessoas que estão contribuindo para manter o
atual contexto?
Quais as ações a
serem empreendidas para transformação desse contexto?
Qual o grau de
abertura do profissional de RH e das lideranças para mudanças?
Denide Pereira Santos
Consultora e
Terapeuta Organizacional e trabalha como assessora de Desenvolvimento da Gestão
de Pessoas do Sistema FIEB - Federação das Indústrias do Estado da Bahia
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