O sapo corporativo
O sapo é um animal curioso e tão interessante que o utilizam para fazer várias analogias. Nenhuma positiva, infelizmente, diga-se de passagem. Há quem diga que sapo é aquele que vai a uma festa ou evento sem ser convidado, ou seja, um penetra. Há ainda quem afirme que o sapo é aquela pessoa asquerosa e nojenta. Tem também os que dizem que fofoqueiros são igual sapo, pois possuem as pernas curtas, línguas compridas, olhos grandes, mas vivem sempre na lama.
Realmente, o sapo não tem sido referência positiva em muitos casos, apesar de cumprir seu papel de ajudar a equilibrar o ecossistema, consumindo insetos. Mas, também há quem diga que o mundo corporativo é uma selva. E toda selva possui milhares de tipos de animais, inclusive alguma espécie de sapo.
Recentemente, tive a oportunidade de conhecer um profissional que sem dúvida alguma era um sapo nesta selva corporativa. Quando você menos espera, ele aparece para consumir as moscas que estão atrapalhando e você acredita que, apesar de ter os olhinhos esbugalhados e uma aparência estranha, veio para ajudá-lo e será a solução para os seus problemas. Aí, percebe que este sapo, não veio para ajudar e sim apenas para encher a barriga e você estava no meio do lanche dele.
Ele fica parado, curiosamente, esperando mais moscas chegarem até o alcance da sua língua certeira. Não realiza qualquer atividade, não gera resultados, não executa, não cria, mas está lá a todo o momento, esperando para "garantir" o dele. Apesar de ser feio, foge sempre que tem algo que não consegue compreender, em vez de buscar solução para contornar eventuais conflitos.
Perceba que o sapo não é tão apático e pode ficar horas ao seu lado, sem fazer nada, literalmente. Mas, quando é pressionado, foge em busca de algum lugar seguro aonde ele possa ficar mais um pouco, apenas aguardando as moscas.
Quer saber? Tenho certeza que você conhece um colega sapo em seu trabalho. Observe aquele que pouco faz e tem a língua comprida, que em vez de produzir, fica criticando o trabalho dos outros, que opta por ver defeitos ao invés apresentar ideias e soluções e que, mesmo quando acabam suas moscas... Fica lá parado, esperando alguém falar que está na hora dele cair na real e ir coaxar em outro canto.
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